Existem alguns princípios básicos de bom senso a respeitar quando pretende adquirir uma viatura e obter um crédito para o seu financiamento.
Imaginemos um exemplo:
Os clientes (por exemplo um casal) têm um rendimento líquido mensal de 1,700€.
Possuem um crédito habitação, pelo qual pagam 350€ de prestação mensal e necessitam de 1,100€ por mês para fazer face a todas as outras despesas correntes mensais (mais a eventual poupança que pretendam criar). Sobram, desta forma, 250€ /mês para adquirir um automóvel.
Os clientes acreditam que vão manter a viatura, antes de a voltar a trocar, durante 7 anos e não queriam que, quando a trocassem, esta tivesse mais de 10 anos.
Com base neste cenário obteríamos os dados principais para a escolha do valor máximo a financiar:
Prazo do contrato = 7 anos (84 meses)
Prestação máxima mensal = 250€
Ano da viatura no momento da compra = 2017
Considerando um crédito com TAN = 6,60% para um prazo de 84 meses e um montante de financiamento de 15,500€ obteríamos uma prestação mensal de 249,66€, já considerando as despesas e os impostos financiados no contrato.
E desta forma teríamos todos os parâmetros necessários para a escolha da viatura a adquirir e a financiar, de acordo com os princípios básicos de bom senso e de prudência financeira:
- 1- Definir a prestação máxima mensal que pretende / pode pagar.
- 2- Decidir qual o tempo que pretende “viver” com a viatura.
- 3- Decidir qual a antiguidade máxima que a viatura deve ter, quando a voltar a vender.
Se utilizar estes critérios para escolher, considerando a situação e as necessidades concretas, a viatura a adquirir e a financiar, terá sempre a possibilidade (pressupondo que os seus rendimentos se vão manter constantes) de, no final do período, usar o produto da venda da viatura como entrada inicial para o seu novo automóvel, permitindo assim fazer um upgrade na viatura em cada momento de nova aquisição.
Evite alargar o prazo do contrato para além do tempo em que pensa manter a viatura (vida útil) porque se pretender trocar a mesma antes do final do contrato de crédito, é provável que o seu valor de mercado seja inferior ao valor da dívida à entidade financeira, o que o poderá obrigar a fazer um downgrade de viatura no próximo processo de troca ou a aumentar o endividamento para além da sua capacidade financeira real.
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